Em certos momentos vou publicar aqui alguns textos que fiz ao longo da faculdade. É uma forma de mostrar um pouco daquilo que produzi durante o meu curso e de diferenciar um pouco aquilo que posto. Sem contar que aqui é justamente a caixinha de Escritos Guardados certo? Então segue o primeiro... ;)
Projeto de lei prevê defender homossexuais em caso de discriminação
No início de Abril um caso de homofobia chamou a atenção da mídia esportiva. O central Michael, do Vôlei Futuro, sofreu discriminação durante partida realizada contra o Cruzeiro, pela Superliga Masculina. O jogador, homossexual assumido ouvia gritos da torcida adversária de “bicha” toda vez que realizava um saque.
Esse tipo de discriminação não é um acontecimento isolado, muitas vezes o caso fica entre o próprio time e dificilmente os torcedores tem conhecimento sobre o ocorrido. Diego Abreu, professor de handebol da Universidade Metodista, diz que já presenciou algo parecido. “Quando ocorre de algum atleta ser homossexual exige-se o respeito entre todos e esse tipo de atitude é repreendida.”
A opção sexual dos atletas não interfere no seu desenvolvimento profissional, ainda assim muitos profissionais preferem esconder o fato por diversos motivos. Em alguns casos, o preconceito não está ligado diretamente no contexto esportivo. “Quando eu praticava esportes como lazer, sempre me trataram de forma cordial, assim como tratavam outras pessoas, as ofensas ocorriam geralmente fora das quadras”, comenta o estudante de design gráfico Maicon Rodrigues.No Brasil, não existe uma lei que criminalize a homofobia. Há um Projeto de Lei, n°122/2006, da deputada federal Iara Bernardi em tramitação na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, que estuda tornar crime qualquer prática homofóbica, tomando assim punições cabíveis para a situação.
Porém quem se sentir descriminalizado pode entrar com uma ação por difamação (art. 139 do Código Penal) ou injuria (art. 140 do Código Penal) que têm como pena três meses a um ano e multa no caso de difamação e um mês a seis meses ou multa em caso de injuria.
O caso do jogador Michael abre portas para a discussão do tema. “Isso serve para que o assunto seja mais discutido, encontrem a melhor forma de lidar com a situação e para nós professores mostra a importância da orientação dos novos profissionais,” informa Abreu.